Câmara de Boticas coloca armadilhas para captura de vespa asiática

Em 2024 foram capturadas cerca de 800 vespas fundadoras.

O Município de Boticas, através do Serviço Municipal de Proteção Civil e com a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Boticas, recorreu aos serviços de uma empresa especializada para a colocação de armadilhas de captura de vespa asiática, em locais do concelho com maior registo de frequência de ninhos, revelou a autarquia que tem como objetivo a capturar o maior número de vespas rainhas.

“Nesta fase, entre fevereiro e maio, o principal objetivo é capturar o maior número de vespas velutinas fundadoras (rainhas), que são originadoras de novos ninhos, evitando assim a sua proliferação”, explica a Câmara Municipal.

Após a colocação das armadilhas serão efetuadas, quinzenalmente, ações de monitorização das mesmas, trocando o atrativo e efetuando a contagem das vespas capturadas, refere ainda a autarquia em nota publicada onde apela também à população em geral que não se aproximem das armadilhas, não toquem nelas, nem as vandalizem.

Recorde-se que a vespa velutina (asiática) é uma espécie exótica, proveniente da região norte da Índia e leste da China. Em Portugal, a sua presença foi confirmada inicialmente no norte do país em 2011. Na época da primavera constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em árvores com mais de 10 metros de altura e em locais isolados.

A vespa asiática não é considerada mais perigosa para seres humanos do que a vespa europeia. No entanto, os principais efeitos da presença desta espécie manifestam-se na apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora de abelhas, e na saúde pública, já que reagem de modo mais agressivo quando sentem ameaças aos seus ninhos, podendo perseguir a fonte de ameaça por algumas centenas de metros.

 

 

Sara Esteves

Fotos: CM Boticas


20/02/2025

Sociedade