Serviços de saúde no Hospital de Chaves não estão em risco de fecho definitivo

Garantia foi dada esta manhã pelo Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, aos seis autarcas da região do Alto Tâmega e Barroso.
O encerramento definitivo do
serviço de urgências médico-cirúrgica, pediátrica e o serviço de ortopedia da unidade
hospitalar de Chaves não deverá estar em risco, adiantou esta terça-feira, o
presidente da Câmara Municipal de Chaves, após uma reunião por videoconferência
com o Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo.
Neste encontro online, solicitado
pela Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), estiveram presentes
os seis autarcas da região e dois elementos do Conselho de Administração do SNS,
Fátima Fonseca e Fernanda Cardoso.
Aos autarcas, Fernando Araújo garantiu
esta manhã que estes serviços, que têm estado indisponíveis, não estão em risco
de encerramento definitivo.
“Contamos com o compromisso [de
Fernando Araújo] que estará empenhado, no sentido, que a urgência médico-cirúrgica de Chaves não venha
a fechar, que se mantenha e que possa existir no futuro”, revelou Nuno Vaz,
aos órgãos de comunicação social no final do encontro online a partir da sede
da CIMAT. O diretor do SNS terá frisado que este “é um serviço indispensável”
para a população, nomeadamente para os mais de 85 mil utentes servidos por esta
unidade hospitalar, inserida no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto
Douro (CHTMAD).
As mesmas confirmações tiveram os
autarcas quanto à urgência pediátrica onde a solução “dependerá da
disponibilidade dos recursos existentes no território”, sendo necessário “avaliar
se é possível mantê-la todo o tempo, nomeadamente as 24 horas” ou “ajustar
em função das suas necessidades”, revelou Nuno Vaz avançando existir “uma
limitação técnica porque a Ordem dos Médicos exige que para fazer parte da rede
tenha que haver dois médicos em permanência e simultâneo e isso fazia com que esta unidade tivesse 14 pediatras
e tem sete”, portanto “é um trabalho que tem que ser feito com a Comissão
Executiva do SNS com a Ordem dos Médicos, Conselho de Administração do CHTMAD e
com os profissionais”.
A falta de médicos e indisponibilidade
destes profissionais para realizar mais horas extraordinárias, além das 150
previstas na lei, está a levar ao encerramento de diferentes serviços, nos hospitais
do país. Fechado o processo negocial com os sindicatos e a Ordem dos Médicos, prevê-se
que regresse a normalidade.
Também no serviço de ortopedia, e,
“estabilizada esta situação, e resolvido este processo negocial com os médicos,
é um serviço para manter” não havendo “nenhuma intenção para que haja uma
alteração daquilo o que tem sido a sua existência”, assegurou o autarca socialista.
“Até dezembro, percebemos que,
a capacidade de resposta vai depender da existência ou não de um acordo da Ordem
dos Médicos”, vincou. Para esta tarde está prevista mais uma ronda negocial
com os sindicatos e a Ordem dos Médicos.
Apesar da reunião ter sido para conhecer a opinião do SNS quanto a estes serviços, não ficou confirmado se a urgência pediátrica, que tem vindo a encerrar por várias vezes desde a Páscoa, a urgência médico-cirúrgica e o serviço de ortopedia vão encerrar no mês de novembro tal como os autarcas já haviam manifestado essa preocupação.
Os autarcas de Boticas, Chaves,
Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar aguardam ainda uma
reunião com o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
31/10/2023 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: Carlos Daniel Morais
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